Tolerância zero? Que nada!

12.1.07

Teoria "Bushiana" para a guerra, PARTE II

A palhaçada do presidente americano George W. Bush continua.
Li a seguinte matéria no sítio da Revista Fórum.



por Vermelho [11/01/07]

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, admitiu hoje que se houve erros no passado na estratégia americana no Iraque e assegurou que nesses casos "a responsabilidade é do presidente".

Em seu discurso à nação para explicar a nova estratégia no conflito, Bush afirmou que "a situação no Iraque é inaceitável para os americanos" e para ele próprio.

O presidente disse que "a prioridade mais urgente para o sucesso no Iraque é a segurança, especialmente em Bagdá". Ele anunciou como ponto principal de sua estratégia o envio de 21.500 soldados. A maior parte ficará na capital iraquiana, e 4 mil vão para a província de al-Anbar, considerada o principal reduto da rede Al Qaeda no país.

A violência entre comunidades "está dividindo Bagdá em enclaves sectários e minando a confiança de todos os iraquianos", disse Bush, na biblioteca da Casa Branca, em discurso retransmitido pelos canais mais importantes dos EUA.

Além disso, as tropas iraquianas aumentarão sua presença e mais soldados americanos serão incorporados a unidades iraquianas, para acelerar a formação dos soldados locais.

Bush afirmou que interromperá o "fluxo de apoio" que, segundo ele, os insurgentes e terroristas recebem do Irã e da Síria para atacar as tropas americanas.

O presidente americano também afirmou que os países árabes "devem entender que uma derrota americana no Iraque criaria um novo santuário para os extremistas e uma ameaça estratégica à sobrevivência" dos regimes da região.

Bush reconheceu como erro na estratégia seguida nos três anos e meio de conflito se encontra o fato de que em Bagdá "não houve tropas iraquianas nem americanas em número suficiente para proteger os bairros ocupados por terroristas e insurgentes".

Até agora, o presidente tinha sustentado que o número de soldados americanos no Iraque era o suficiente para a missão.

Em seu discurso, Bush disse que deixou claro para o primeiro-ministro Nouri al-Maliki e outros líderes no Iraque que "o compromisso dos Estados Unidos não é eterno".

"Se o Governo do Iraque não cumprir as suas promessas, perderá o apoio do povo americano e do iraquiano também. Chegou o momento de atuar", insistiu.

O presidente reconheceu que por enquanto a violência e as bombas vão continuar. Mas prometeu que com o tempo será possível esperar que "as tropas iraquianas capturem os assassinos e haja menos atos de ousadia terrorista".

"A vitória não será como as que nossos pais e nossos avós conquistaram" e um Iraque democrático "não será perfeito", reconheceu. "Mas será um país que lutará contra o terrorismo, em lugar de apoiar os terroristas, e ajudará a trazer um futuro de paz e segurança", disse.


Cultivar a paz e a segurança mandando mais 21.500 soldados?

O filho da **** do Bush não sabe nem bem ao certo quem é o verdadeiro "inimigo" para combater. Culpa o terrorismo como o grande inimigo e detona o Iraque com a sua ocupação.
Só pra constar, já morreram mais militares americanos no Iraque do que no atentado de 11 de setembro.

O próximo a rodar feio com essa história é o Irã. O presidente George Bush já está culpando o país de "financiar" terroristas para atacar as tropas americanas.
Invadir e "acabar como o terrorismo na raíz" é rapidinho. E ele faz isso mesmo sobre protestos internacionais.

É óbvio que com a invasão de um país por outro ocorra formação de grupos de resistência (e não de tropas terroristas). É óbvio que ocorra retaliação por parte desses grupos.
Mas mesmo assim, Bush, o "esperto", denomina esses grupos de "terroristas".


No meu ponto de vista, para Bush, os árabes são os terroristas.
Claro que existem os grupos terroristas, mas muitos árabes "não-terroristas" estão pagando por isso também.

E depois vem me falar que está acabando com o terrorismo. Quanta imbecilidade!
Que nação deixaria o país ser invadido por tropas de outro país, sem apresentar a menor resistência???
Se, defender sua pátria de invasores é considerado terrorismo, então somos todos terroristas.

3 Comments:

  • Olá, caro amigo! Devo dizer antes de mais nada que, embora seja o meu primeiro comentário aqui, tenho acompanhado seu blog desde o início.

    Eu não gosto muito de política, e também não sou fã do Bush, mas me sinto no dever de dizer algumas coisas a respeito dos seus comentários. A gestão Bush possui muitos defeitos, sem dúvida, mas, como qualquer outro governo, esse também recebe muitas críticas injustas. E aqui no Brasil, onde a mídia inteirinha é anti-americana e omite sistematicamente informações que possam favorecer os EUA, fica realmente difícil ter uma idéia justa do que está acontecendo.

    A acusação feita ao Irã, por exemplo, não é uma invenção do Bush. É fato amplamente conhecido no mundo (exceto aqui) que 85% das baixas americanas no Iraque foram causadas por guerrilheiros iranianos enviados por aquele mesmo doido que nega o Holocausto nazista e proclama abertamente sua intenção de auxiliar os grupos terroristas a varrer Israel do mapa. Vale lembrar, aliás, que a simples propaganda do genocídio já é crime, segundo as leis internacionais.

    A Síria, por sua vez, apóia também abertamente os terroristas libaneses, inclusive contra o próprio governo libanês, que na opinião deles é indulgente demais com relação a Israel (ou seja, não deseja que todos os judeus do universo morram).

    Finalmente, também não é verdade que Bush creia que Islam é sinônimo de terrorismo. Lembro-me de um de seus primeiros pronunciamentos após o ataque de 11 de setembro, no qual ele lançava à Al Qaeda justamente a acusação de "profanar os ideais de uma grande religião". Não me lembro exatamente das palavras usadas, mas a coisa é mais ou menos por aí.

    Bom... espero ter ajudado. Abraços!

    By Blogger André, at 11:12 PM  

  • Grande André. :D
    Fico feliz por ter suas opiniões e críticas aqui no meu blog.

    Bom, respondendo ao seu comentário.

    Todo governo recebe críticas injustas e concordo com você,
    mas meu motivo de indignação com relação a George W. Bush é somente ao fato de estar promovendo a destruição social, econômica e cultural do Iraque sem ter a clara certeza do por que (terrorismo existe em todo o mundo, não só no Iraque).
    Também expresso e meto o pau nele pela situação dos presos na base de Guantánamo, que já critiquei aqui neste blog e voltarei a criticar, visto que são 5 anos (se não me engano) dessa porcaria.

    Sobre a maioria da mídia ser anti-americana, não consigo firmar uma opinião sobre este assunto. Uma hora ela ataca, outra hora ela defende.
    No seu comentário pareceu-me que a mídia somente ataca. Mas se não for esse seu ponto de vista somente, desconsidere.

    Sobre a frase, de minha autoria, em relação a Bush (islamismo = terrorismo) fui precipitado. Peço desculpas.
    Na verdade, quis me referir ao islamismo como um sinônimo de árabes. Nesse ponto sustento minha opinião em relação a Bush (árabes = terroristas). Basta ver como os árabes são tratados nos aeroportos quando chegam aos E.U.A e como estão sendo tratados os árabes que vivem nos E.U.A. A propaganda de Bush do seu "combate ao terrorismo" acaba influenciando diversos americanos, fragilizados com os atentados. Isso é fato!

    No restante, concordo com você, caro amigo.
    Principalmente com a sua colocação sobre a frase de Bush logo após 11 de setembro.

    E com certeza seu comentário me ajudou. Obrigado.

    Abraços

    By Blogger Pérsio, at 7:06 PM  

  • André, discordo de você em vários pontos.
    Principalmente isso de dizer que a mídia brasileira é inteirinha anti-americana. Bullshit. A Veja é a revista mais lida no Brasil e é extremamente pró-estadunidense (e pró-Israel, o 51o. estado). Li o Estadão diariamente por mais de um ano, e não tem nada de anti-estadunidense nele, lhe garanto. Claro que, agora que o genocídio praticado pelos EUA no Iraque está fazendo tanta água fica difícil para nossa grande mídia rasgar elogios à ação estadunidense, mas se não elogiam as conseqüências, passaram o tempo todo elogiando o processo.

    Aproveito para fazer um breve parênteses: não devemos confundir as acusações contra os EUA como mero anti-americanismo. Os EUA estão cometendo uma série de delitos no Iraque: as torturas, as prisões ilegais, etc.
    Outro fato é que o Iraque piorou muito após a invasão estadunidense. Instalou-se uma guerra civil, as escolas pararam de funcionar, os hospitais idem, grande parte da rede de água e esgoto foi destruida. A maioria das cidades iraquianas possuia eletricicdade 24h/dia, hoje a média é de 4h/dia. Ou seja: o caos. A invasão estadunidense tornou o Iraque ainda pior do que era quando governada por um ditador fascista sob embargo. E esta situação foi prevista por inúmeros analistas, ANTES da invasão do Iraque. Enfim, se existem críticas à invasão do Iraque, não é justo reduzi-la a mero antiamericanismo.

    Sinceramente, a acusação feita ao Irã, de que teriam provocado 85% das baixas estadunidenses, não me parece das mais graves das mais graves. Estas baixas foram na sua quase totalidade militares, portanto são legítimas em uma guerra. Compare isso com as 600.000 mortes, diretas e indiretas, que teriam sido evitadas se não houvesse a invasão.

    A informação também não é totalmente crível, afinal a relação entre Saddan e a Al Qaeda (grande piada) e as WMD iraquianas foram invenções bushistas, por que esta não seria?

    A frase do Bush visa exatamente ao contrário do que parece a primeira vista. Tenta dizer que os terroristas agem movidos por - equivocada - paixão religiosa, escondendo assim o discurso político que há por trás destas ações.

    E não pense que sou mero antiamericano. Sou, sim, antiimperialista, independentemente da nacionalidade do império.

    By Anonymous Anônimo, at 12:53 PM  

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